quarta-feira, 28 de maio de 2008

Trombones

Vitória um dia percebeu a quantidade de gente reclamona existente no mundo. Percebeu também o quanto esses reclamões não tem noção de espaço, respeito, ouvido, onde ele termina e onde começa o outro, etc. Na opinião de Vitória, reclamões na verdade, são pessoas carentes, sozinhas no mundo e que adoram aparecer para simplesmente terem um pouquinho de atenção. “Mas qual será o antídoto contra essa espécie falante, naquelas situações que não existem saídas?” - pergunta Vitória.
Bom, segundo o fenômeno “The Secret” tudo o que acontece com você é porque de alguma maneira você convocou, portanto, sem entrar no mérito da veracidade da informação, comece parando de reclamar. Você acabou de reclamar dos reclamões. Você reclamou, logo, você “atraiu”. Certo, mas e depois que a situação já foi “atraída”, não podendo nem mudar de lugar, o quê fazer? Aí existem diversas possibilidades:
1- De jeito nenhum dê ouvidos as reclamações. Não responda, não concorde, nada. Deixe o reclamão falando sozinho. Grande parte desconfia que não tem ninguém para ouvir...
2- Começar a fazer o mesmo, só que do reclamão, para ver se ele desconfia. Mas é muito provável que você vai ganhar um amigo para continuar, junto com você, suas bufadas.
3- Faça barulho, bata a mão na mesa, espreguice batendo sem querer no reclamão - normalmente, reclamão também é muito espaçoso. Ele não tem noção do espaço dele, está sempre se mexendo, querendo sentar no colo, ocupar o espaço do outro, uma maneira de se aproximar e encher, principalmente, os ouvidinhos ali perdidos, para mostrar sua indignação – ou fuja, vá indo para o lado, faça contorcionismo (caso esteja em lugar pequeno), mas não deixe o reclamão encostar em você. Ele dá choque.
4- Se a 1° e a 2° sugestão não deram certo, a 3° lhe falta espaço para correr, tente a 4°: Olhe firme nos olhos do reclamão (não bravo, para ele não levar para o lado pessoal) e diga firme: “Por favor, coloque sua cadeira mais para lá. Está em cima de mim.”
Na maioria das vezes funciona. Mas, se você deu motivo para o reclamão virar uma fera e lhe responder com um “quem você pensa que é?”, faça o seguinte: Pare de se achar e brigar e reclamar com todo o mundo!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nãonecessariamente

Nãonecessariamente não era professora. Mas te asseguro que se deixar fala mais que um numa sala de aula. Falar é uma virtude de Nãonecessariamente. E se queixar da vida, de si mesmo, e comentar como tudo tenderá a dar errado. É claro que Nãonecessariamente geralmente escapa ilesa dessas situações. Não é motivo para Nãonecessariamente deixar de reclamar. A vida é mais, e sempre haverá outras coisas para se reclamar. Nãonecessariamente não arruma um namorado, pois é muito exigente em seus gostos. Na verdade Nãonecessariamente deveria ter nascido homem, e gay. Talvez assim fosse mais feliz – mas tenho minhas duvidas. Nãonecessariamente é indie, por mais que negue. E por mais que pregue pela liberdade de excreção vai criticar aquilo que não gosta, afinal de contas, apesar de Nãonecessariamente não necessariamente ser normal – de longe deixa de ser humana. É uma boa definição para Nãonecessariamente: humana. O problema é que se você comentar isso para ela, provavelmente ela vai dizer “Não necessariamente palavra complicada citação de livro teoria mal fundada palavra complicada conclusão pouco coesa” – e sem virgula alguma.