A trajetória de uma patriota
Nascida do calor de Cuiabá ,quando Mato e Grosso a deixara sem grandes satisfações, se colocava a imaginar algo maior, grande e violento e ao partir rumo ao seu fetiche, ops...digo... sonho, que a mesma descobriu SP.
Inserida entre tantas opções de escolha, a jovem empenhou-se na busca por uma calça de couro e acaba por se perder no departamento de moda intima da Daslu, não tinha nariz empinado que conseguisse fugir do mal odor que provinha do cinza-concreto daquela cidade ou do desodorante vencido da senhora gorda da cabine ao lado. Para manter alguma idéia de individualidade, enfia os pés num salto 15 ,desfila e ostenta etiqueta, ah a etiqueta, que sorte infeliz!!
Ao passar pela sessão de moda formal, a danada da etiqueta se enrosca em uma arara,movida pelo ato desavergonhado de expor sua semi-nudez, arranca das mãos de uma senhora "tia do colegial" seu vestido composto,a atenção do alunato a cabia apenas como uma escassa entrada , ela queria e teria como prato principal a noite paulistana.
A boate servia o seu desdém como aperitivo aos convidados famosos, já enjoada dos tons monocromáticos que a grande capital imprimiu em sua rotina, se empenha em um plano de fuga com direito a um “pit stop” ao balcão do bar para brindar a sorte de um plano audacioso... depois da quarta, quinta dose a boate gira, são Paulo gira.
"Stop! a vida parou ou foi o ... ô.... garçon,mais uma dó, ic, dóose,sim !!?"
Todo o caos metropolitano se desfez, só resta em sua memória o som das buzinas,dos alarmes e alarmada percebe que a paisagem ao seu redor mudara, a brisa morna que emaranha seus cabelos já não era um playboy a chama-la de meu bem,o verde lhe parecia estranho aos olhos e a medida que o calor toca o seu corpo, a insegurança sede lugar para a alegria de retomar as memórias da sua juventude (onde no Mato ela tinha o Grosso ) é tocada pela orgástica experiência onde em busca de prolongar o seu prazer,entra em comunhão com a natureza e resolve num bar próximo tomar suco de clorofila e comer alguns galinhos no azeite.
Chegou a um boteco onde só a serviram cana com serigüela, o garçom liga a tv , todos estão com a expectativa de assistir a partida de futebol: Argetina X Brasil.Comovida pelo repentino patriotismo daquele público, resolve agarrar a bandeira e seguir com uma mão no peito e a outra no mastro a levantar o orgulho do ser brasileiro.Hoje é flagrada pelas esquinas da capital paraibana a cantar:
"Ouviram no Impirannnnnnnnga as margens pláaaaaaaaaaaaaacidas..."
No bebe ao som do blues com a cor rubra estampada na face e munida de um tom alterado de voz que ela se manisfesta :
-"Vocês querem fazer o favor de parar de falar besteira?"
Cenas para o próximo capítulo, vote em uma das opções:
opção A: Aventuras culinárias: como adotar lombras lúcidas
opção B: Adote você também um nerd de bolso!
opção C: Uma problemática de gênero: como fisgar um hetero em uma boate gay!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
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3 comentários:
Ahahahah, tinha até me esquecido como esse texto ficou divertido. E manifesto mais uma vez: estomago vazio, cerveja e pessoas doidas juntas não combinam! Ahahah! Eou voto na opção C!!! A impossível saga possível...
muito bom o texto. :D
e que salto, da daslu da paulicéia desvairada e poluída para a cozinha da tia com cheiro de azeite e alecrim!
adorei todas as opções, mas meu voto também vai para a C, me parece a mais desafiadora! hehehe
eu choro sempre que pensso na patria amada.
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